O cigano crê em um Deus único, o que o difere de um indiano, que no seu país, convive com muitas “divindades”. Perseguidos desde o Oriente até o Ocidente, tiveram muitos dos seus irmãos assassinados durante a Inquisição da Igreja Católica durante o século XIV, acusados de heresia e de prática de bruxaria.
Ser cigano é ser alegre, festeiro, amigo da música e da natureza. Eles adoram o Sol, a Lua e as estrelas e cultuam a dança como uma forma de transcendência, tanto é que na Espanha, influenciaram os costumes, dando origem à tradicional dança flamenca.
ATLÂNTIDA...
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Conforme narra Platão, a Atlântida era uma ilha gigante - maior que a Ásia Menor e a Líbia juntas (ou seja, a parte asiática da Turquia e uma parte da porção norte da África). Estava localizada além do atual Estreito de Gibraltar, conhecido então por Pilares de Hércules. Ainda segundo o filósofo, os ambiciosos habitantes da Atlântida chegaram a conquistar grandes territórios da Europa e da África, até serem derrotados pelos atenienses e seus aliados, antes da tragédia encomendada pelos deuses. A lenda foi usada por Platão em dois de seus escritos, Crítias e Timeu, para descrever uma sociedade ideal, destruída em razão de seus próprios vícios. Ou seja, era um modelo para inspirar os cidadãos atenienses de sua época. A história, contada por meio de um diálogo entre Crítias e Sócrates, filósofo grego de quem o próprio Platão havia sido discípulo, espalhou-se pelo mundo árabe e, séculos mais tarde, foi recuperada no Ocidente.
Na Idade Média, a história era considerada verdadeira, e muitas tentativas foram realizadas para identificar a ilha. Depois da Renascença, foram feitos esforços de ligar Atlântida à Escandinávia ou às ilhas Canárias. Com o tempo, as diversas hipóteses foram sendo derrubadas, e a narrativa de Platão foi considerada ficção.
Foi esse filósofo grego quem trouxe ao mundo a história do continente perdido da Atlântida. Sua história começou a surgir para ele em ao redor de 355 A.C. Ele escreveu a respeito dessa terra chamada Atlântida em dois de seus diálogos – Timeus e Critias, ao redor de 370 A.C. Platão disse que o Continente ficava no Oceano Atlântico, próximo do Estreito de Gibraltar até sua destruição 10.000 anos antes.
Platão descreveu a Atlântida como anéis alternados de mar e terra, com um palácio no centro do “olho de boi”. Ele usou uma série de diálogos para expressar suas idéias. Um dos personagens de seus diálogos, Kritias, conta uma história da Atlântida que está em sua família por muitas gerações. De acordo com o personagem, a história foi originalmente contada para seu ancestral Sólon, por um padre durante a visita de Sólon ao Egito.
De acordo com os diálogos,, houve um poderoso império localizado a oeste dos “Pilares de Hércules” (o que agora chamamos o Estreito de Gibraltar) numa ilha no Oceano Atlântico. Essa nação havia sido estabelecida por Poseidon, o deus do mar. Poseidon era pai de cinco pares de gêmeos na ilha. Poseidon dividiu a terra em dez partes, cada uma para ser governada por um filho, ou seus herdeiros.
A capital da cidade de Atlântida era uma maravilha de arquitetura e engenharia. A cidade era composta de uma série de paredes e canais concêntricos. Bem no centro havia um monte, e no topo do monte um templo para Poseidon. Dentro havia uma estátua de ouro do deus do mar com ele dirigindo seis cavalos alados.
Aproximadamente 9.000 anos antes do tempo de Platão, após o povo da Atlântida ter se tornado corrupto e cobiçoso, os deuses decidiram destruí-los. Um violento terremoto agitou a Terra, ondas gigantes vieram sobre as costas e a ilha afundou no mar para nunca mais ser vista.
Em muitos pontos nos diálogos, os personagens de Platão referem-se à história da Atlântida como uma “história real” . Platão também parece colocar na história muitos detalhes sobre a Atlântida que seriam desnecessários se ele pretendesse usar isso apenas como um instrumento literário.
Em “Timeus”, Platão descreve Atlântida como uma nação próspera que iria expandir seu domínio: “Agora nesta ilha de Atlântida havia um grande e maravilhoso império que governou em toda a ilha e em várias outras, e em partes do continente”, ele escreveu “e depois, os homens da Atlântida dominaram as partes da Líbia dentro das colunas de Hércules até o Egito e a Europa, até a Tyrrhenia.
Platão ainda conta como os atlantes cometeram um grave erro procurando conquistar a Grécia. Eles não puderam resistir ao poderio militar dos gregos e em seguida à derrota, um desastre natural selou seus destinos. “Timeus” continua: “Mas depois ocorreram ali violentos terremotos e inundações e num único dia e noite de infortúnio, todos os seus guerreiros afundaram na terra e a ilha de Atlântida desapareceu nas profundezas do mar.”
Platão conta uma versão mais metafísica da história de Atlântida em “Critias”. Aí ele descreve o continente perdido como o reino de Poseidon, o deus do mar. Essa Atlântida era uma sociedade nobre, sofisticada, que reinou em paz por séculos, até que seu povo tornou-se complacente e cobiçoso. Raivoso com sua queda da graça, Zeus escolheu puni-los, destruindo a Atlântida.
De acordo com Platão, Poseidon teve cinco pares de gêmeos com mulheres mortais. Poseidon designou o mais velho de seus filhos, Atlas, o Titan, como governador desta bela ilha. Atlas tornou-se a personificação das montanhas ou pilares que sustentavam o céu. Platão descreveu como uma vasta ilha-continente, a oeste do Mediterrâneo, rodeada pelo Oceano Atlântico. A palavra grega Atlantis (Atlântida) significa - a ilha de Atlas -, assim como a palavra Atlântico significa –o oceano de Atlas.